sábado, 22 de abril de 2017

«COMORIN»

O paquete «Comorin» pertenceu à companhia de navegação britânica P & O, de Londres. Que o utilizou nas linhas ultramarinas da empresa (Oriente e Austrália, sobretudo) até à sua requisição, em 1939, pela 'Royal Navy'. Que, por imperativos ligados à situação de guerra com a Alemanha nazi, lhe atribuiu o designativo «F 49» e o transformou numa das suas unidades auxiliares armadas. O navio em apreço foi construído nos estaleiros Barclay, Curle and Cº, de Whiteinch (Glásgua) e lançado à água no ano de 1925. Apresentava 15 116 toneladas de arqueação bruta e media 160 metros de comprimento por 21,40 metros de boca. Podia receber a bordo um pouco mais de 300 passageiros, 2/3 dos quais em 1ª classe. Estava equipado com maquinaria a vapor (2 motores de quádrupla expansão) desenvolvendo uma potência global de 2 075 nhp, força que lhe permitia navegar à velocidade de cruzeiro de 16 nós. O «Comorin» teve um fim trágico, já que -no dia 8 de Abril de 1941- afundou ao largo da costa ocidental de África (em águas da Serra Leoa), resultando desse incidente a morte de 20 dos seus tripulantes. As causas do soçobro deste antigo paquete inglês ficaram a dever-se a um incêndio que se declarou a bordo (a 7 de Abril) e que se revelou impossível de extinguir. Houve 455 sobreviventes, que foram salvos por vários navios britânicos que navegavam de conserva com o «Comorin», nomeadamente pelo contratorpedeiro HMS «Lincoln», que, no dia seguinte à catástrofe, recebeu ordens para canhonear a carcaça fumegante do malogrado navio , pelo facto desta representar um real perigo para a navegação naquela zona.

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