domingo, 12 de fevereiro de 2017
«CELTIC»
Transatlântico de bandeira britânica, que foi propriedade da companhia White Star Line. Foi construído pelos estaleiros Harland & Wolff, de Belfast (Irlanda do Norte), que o lançaram à água no dia 4 de Abril de 1901. A arqueação bruta deste paquete era de 20 904 toneladas. Media 214 metros de comprimento por 23 metros de boca. As suas 2 máquinas a vapor de quádrupla expansão (acopladas a 2 hélices) desenvolviam 14 000 ihp e asseguravam ao navio uma velocidade máxima de 16 nós. Aquando da sua inauguração, o «Celtic» podia acolher 2 850 passageiros, incluindo 300 em 1ª classe e 160 em segunda. Foi o primeiro de uma série de navios (quase idênticos) que, na frota do seu armador, foram apelidados 'The Big Four'. O «Celtic» foi colocado na linha Liverpool-Nova Iorque, a mais prestigiosa e mais rentável das carreiras marítimas da época. A eclosão da Grande Guerra impôs a sua mobilização e utilização, pela 'Royal Navy' como navio tropeiro e cruzador-auxiliar. A sua primeira missão bélica ocorreu em Janeiro de 1916, quando levou para o Egpto milhares de soldados para a frente oriental. Outros episódios desse tempo e dignos de menção foram o choque deste navio, em 1917, ao largo da ilha de Man, com uma mina, que causou 17 mortos a bordo e graves avarias ao «Celtic». E, também, em Março do ano seguinte (depois de ter sido reparado no estaleiro de origem) o seu torpedeamento, no mar da Irlanda, pelo submarino alemão «UB-77»; que causou a bordo 6 mortos. Mas, ainda dessa vez, o navio sobreviveu à agressão do inimigo e, de novo, foi reparado. Com o regresso da paz, o paquete foi restaurado e volveu à sua actividade comercial. Perseguido, porém, pela má sorte, o «Celtic» foi -entre 1925 e 1927- protagonista de duas colisões com outros tantos navios. Mas o pior estava ainda para vir e ocorreu em 10 de Dezembro de 1928, na aproximação ao porto de Cobh, na Irlanda. O paquete em questão, que transportava 200 passageiros e um carregamento de cereal, sofreu ali um encalhe, sem possibilidade de resgate. Na sequência deste derradeiro incidente de navegação, houve vários mortos entre os membros da equipagem, que foram vitimados por inalação de fumos tóxicos. O navio acabou por ser desmantelado 'in situ' e, em 1933, nada restava dele... Para alé de recordações, é claro.
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