quarta-feira, 27 de abril de 2011

«DROMMEDARIS»


Era a capitânia de uma frota de cinco navios que zarpou de Texel (na Frísia, Países Baixos) no início do ano de 1652, com destino à longínqua Batávia. O «Drommedaris» era, ao que se sabe, uma nau de 560 toneladas construída em Amsterdão no ano de 1646. A referida frota pertencia à poderosa Companhia Holandesa das Índias Orientais e era superiormente comandada por Jan van Riebeeck. Para além do «Drommedaris» (‘Dromedário’), a frota era constituída pelos navios «Reijger» (‘Garça»), «Goed Hoop» (‘Boa Esperança’), «Walvis» (‘Baleia’) e «Oliphant» (‘Elefante’). Os três primeiros navios lograram atingir, sem incidentes, o lugar onde hoje se ergue a Cidade do Cabo no dia 6 de Abril de 1652, tendo ali desembarcado van Riebeeck e um grupo de colonos, constituído por 82 homens e por 8 mulheres. Isso, com o intuito de ali fundarem -no extremo sul do continente africano- a primeira colónia neerlandesa. Colónia onde os navios da V.O.C. pudessem fazer escala e reabastecer-se (de água e mantimentos) nas suas longas viagens de ida e volta entre a Europa e a Insulíndia. A missão de Jan van Riebeeck foi coroada de sucesso, com a fundação de uma fortaleza (o forte da Boa Esperança), que está na génese da actual Capetown. Sabe-se que os navios ali arribados na Primavera de 1652 prosseguiram a sua viagem para Batávia, perdendo-se depois o rasto do «Drommedaris» e das outras duas naves da rica e famosa Companhia. Curiosidade : o «Walvis» e o «Oliphant», que se haviam desgarrado da frota, aportaram ao cabo da Boa Esperança muito tempo decorrido sobre a chegada dos outros navios da frota, e depois de terem perdido (em circunstâncias dramáticas) 130 dos seus tripulantes.

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