terça-feira, 10 de agosto de 2010

«CABO SAN VICENTE»


Este elegantíssimo paquete de 18 000 toneladas de deslocamento foi construído, em 1956, pela Sociedad Española de Construcción Naval (de Setao, Biscaia) para o armador sevilhano Ybarra y Cia. O «Cabo San Vicente», que media 170 metros de comprimento por 21 metros de boca, podia receber 820 passageiros, distribuídos por duas classes distintas. Era o irmão gémeo do «Cabo San Roque», também ele propriedade da companhia Ybarra. As suas máquinas desenvolviam 14 600 cv de potência, que permitiam ao paquete navegar à velocidade máxima de 22 nós. Iniciou a sua carreira na linha regular Génova-Barcelona-Santa Criz de Tenerife-Buenos Aires, onde se manteve vários anos. Depois do triunfo definitivo do avião nas viagens transatlânticas, este navio passou (como muitos outros da sua categoria) a realizar cruzeiros. Sobretudo ao longo das costas sul-americanas e à Antárctida, destino no qual foi um dos pioneiros. Em 1975, com praticamente 20 anos de vida activa em águas do mundo ocidental, o navio foi vendido à Mogul Line, de Bombaim (Índia), que -com o nome de «Noor Jehan»- o utilizou, essencialmente, no transporte de peregrinos. Foi retirado do serviço dez anos mais tarde (1985) e desmantelado por um sucateiro local.

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