domingo, 1 de abril de 2018

«ROCHAMBEAU»

Paquete francês, que pertenceu à frota da Compagnie Générale Transatlantique (CGT), vulgarmente designada por French Line. Foi construído pelos Chantiers de Penhoët, de Saint Nazaire, e entrou em serviço no ano de 1911, na linha Havre-Nova Iorque. O «Rochambeau» era, na realidade, uma versão de maiores dimensões do seu congénere «Chicago», lançado ao mar em 1908 e que serviu o mesmo armador. O «Rochambeau» era um navio de 17 000 toneladas, que media 163 metros de comprimento por 19,50 metros de boca. O seu sistema propulsor de turbinas desenvolvia uma força de 13 000 cv, que lhe permitia navegar a 17,5 nós de velocidade de cruzeiro. Entre 1915 e 1918, em razão da Grande Guerra e por medida de precaução, este transatlântico passou a zarpar de Bordéus, porto mais afastado da linha da frente. Apesar disso, o «Rochambeau» foi alvo (a 30 de Abril de 1917, na foz do rio Gironda) de um submarino alemão, que lhe expediu um torpedo. Graças à detecção atempada do pessoal de bordo (que pôde observar o rasto do engenho inimigo) e às hábeis manobras de esquiva executadas pelo comandante do paquete francês, o navio não foi atingido. Os artilheiros do «Rochambeau» (que se encontrava armado com peças de artilharia, para poder reagiar à acção dos submersíveis do adversário) ainda ripostaram; mas, ao que parece, sem causar danos ao agressor. Este incidente, que não causou sequer pânico a bordo, também não interrompeu a viagem do navio, que prosseguiu a sua rota até à chamada Cidade dos Arranha-Céus. Depois do armistício de 1918, o paquete em apreço voltou a retomar as suas carreiras a partir do Havre; que era o seu porto de registo. O paquete «Rochambeau» foi modernizado em 1926 e interrompeu a sua actividade no ano de 1934. Pois foi dado como obsoleto e vendido para a sucata. A sua demolição teve lugar (nesse mesmo ano) num estaleiro especializado de Dunquerque.

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