sexta-feira, 16 de outubro de 2015
«SOLEIL D'ORIENT»
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Navio mercante -mas armado com 60 canhões- que pertenceu à Companhia (francesa) da Índias Orientais. Não encontrámos referências sobre as suas dimensões. Sabe-se, no entanto, que era um navio de 1 000 tonéis e que tinha uma guarnição permanente de 300 homens. Foi construído no estaleiro naval de Lorient e foi lançado ao mar em 1671. Foi o primeiro de uma série de grandes navios ali realizados, num tempo em que a cidade de Lorient ainda não existia. E diz-se qua esse futuro porto francês da costa atlântica foi baptizado em recordação deste navio; que era, ao tempo, o maior de todos os que hasteavam a bandeira do Rei-Sol. A obra parece não ter saído perfeita e o «Soleil d'Orient» teve vários problemas de navigabilidade. Mas, e apesar disso, este navio realizou cinco viagens às Índias, de onde trouxe mercadorias preciosas, que o navio descarregava no porto de La Rochelle. Foi a última dessas viagens que lhe granjeou alguma fama. Trágica nomeada ! A 6 de Setembro de 1681, este soberbo navio zarpou de Bantan com uma embaixada (constituída por 20 personagens ilustres) enviada pelo rei de Sião à corte de França. Nação europeia com a qual o monarca oriental desejava estabelecer um tratado de paz e de cooperação. A par dos embaixadores, o navio em apreço transportava mercadorias diversas e negociáveis e um tesouro (avaliado em 800 000 libras), presente do rei do Sião a Luis XIV. O «Soleil d'Orient» -provavelmente em mau estado e em sobrecarga- afrontou uma série de tempestades, mas conseguiu atingir a ilha de Bourbon (hoje chamada da Reunião), onde fez aguada e procedeu a pequenas reparações. Depois disso (Outubro/Novembro de 1681), nunca mais foi visto, presumindo-se que tenha naufragado no oceano Índico, quando navegava na rota do cabo da Boa Esperança.
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