quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

«MALAYA»


Couraçado da marinha real britânica. Pertenceu à classe ‘Queen Elizabeth’. Foi lançado à água em Março de 1915 pelo estaleiro escocês da firma Armstrong Whitworth & Cº. Com mais de 36 500 toneladas de deslocamento (em plena carga), o «Malaya» media 196,82 metros de comprimento por 27,58 metros de boca. O seu sistema propulsivo desenvolvia uma potência global de 56 500 hp, força que lhe conferia uma velocidade máxima de 23,5 nós e uma autonomia de 4 400 milhas náuticas. O seu armamento principal era constituído por 8 canhões de 381 mm e por 20 de 114 mm. O «Malaya», que tinha uma guarnição de 1 000 homens, participou nos combates da Grande Guerra, nomeadamente na terrível batalha da Jutlândia, onde foi atingido oito vezes pelo fogo inimigo e sofreu 65 mortos. Depois de terminado o primeiro conflito generalizado, coube ao «Malaya» (em 1922) levar para o exílio o último soberano do império otomano -Mehemet VI- deposto pela revolução kemalista. Em Agosto/Setembro de 1938, o navio operou no Mediterrâneo oriental, onde, a partir do porto de Haifa, a sua guarnição participou na repressão da revolta árabe da Palestina, movimento antijudaico e hostil à presença britânica nessa região. O couraçado «Malaya» participou activamente, apesar a sua antiguidade, nos combates da 2ª Guerra Mundial. Por essa altura (início da década de 40), o navio já havia sofrido uma modernização, que lhe substituíra, por exemplo, as suas catapultas, gruas e hidroaviões por peças suplementares de artilharia antiaérea. Escoltou comboios de navios no Mediterrâneo e no Atlântico, integrou as forças da ‘Royal Navy’ presentes em Punta Stilo (1940), participou na defesa de Malta, esteve no bombardeamento de Génova (1941), foi torpedeado (pelo submarino tudesco U-106) ao largo do arquipélago de Cabo Verde (1941) e notabilizou-se noutras acções importantes da guerra contra o nazismo/fascismo. Em 1944, o «Malaya» foi considerado demasiado velho para enfrentar os desafios da guerra moderna e foi retirado do activo. Foi desmantelado quatro anos mais tarde, em 1948, num estaleiro de Faslane, no Reino Unido. Dele resta, simbolicamente, o sino de bordo, que é conservado no East Indias Club, de Londres. Curiosidade : o nome deste couraçado deve-se ao facto da sua construção ter sido financiada pela Confederação Malaia, que, nessa época, era um estado associado do Império Britânico.

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