terça-feira, 1 de setembro de 2009

«SAGRES» (II)


Navio-escola da Armada Portuguesa. Este veleiro, o segundo do nome a desempenhar tais funções, era o antigo «Albert Leo Schlageter», construído em 1937 pelos estaleiros da firma hamburguesa Blohm & Voss. Faz parte de uma série de navios idênticos, que compreende os actuais «Eagle», «Tovaritch» e «Mircea». O «Schlageter» foi capturado em 1945 (bastante danificado, devido ao choque com uma mina), no porto de Bremerhaven, pelas tropas norte-americanas. Três anos mais tarde foi cedido ao Brasil (a troco de uns simbólicos 5 000 dólares), que o restaurou e lhe deu o nome de «Guanabara». Depois da marinha de guerra desse país da América do sul o ter utilizado, entre 1948 e 1961, na instrução de cadetes, o navio foi vendido ao governo português e incorporado na nossa armada em 1962, com o seu nome actual. Sofreu, em 1987 e em 1991, trabalhos de reparação e de modernização, que levaram à substituição do seu antigo motor por um moderno engenho propulsor. Além da sua vocação natural para formar os futuros oficiais da Armada, este navio funciona como um embaixador itinerante de Portugal, participando em regatas para veleiros do seu porte e estando presente nos grandes eventos náuticos internacionais. Já realizou várias viagens de circum-navegação e escalou muitas dezenas de portos em meia centena de países. O «Sagres» (que é um três mastros barca) é facilmente reconhecível, mesmo no estrangeiro, graças às cruzes de Cristo que ornamentam as sua velas e à carranca fixada na sua proa e que presta homenagem ao patrono do elegante veleiro : o infante Dom Henrique.

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