quinta-feira, 30 de outubro de 2014

«ATLÂNTIDA»

'Ferry' construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (que o deram por concluído em 2009), por encomenda do Governo Regional dos Açores. Destinado a assegurar o tráfego interilhas, este navio apresenta 7 025 toneladas de arqueação bruta e as seguintes dimensões : 97,53 metros de comprimento (de fora a fora); 18 metros de boca; 5 metros de calado. Foi concebido para poder funcionar com uma tripulação de 38 membros e transportar 750 passageiros (em cabines e ou/espaços colectivos) e 107 veículos ligeiros e 8 autocarros. O acesso e a evacuação de passageiros e veículos faz-se através de uma rampa de popa e de portas laterais, situadas em ambos os flancos do navio. Do seu sistema propulsivo constam 2 máquinas diesel -com uma potência nominal de 3 553 kW- que proporcionam a este belíssimo navio uma velocidade máxima de 17,7 nós e uma autonomia de 220 horas. Por razões que pareceram, à generalidade da opinião pública, de baixa política, o comanditário recusou-se a tomar conta do navio, ao mesmo tempo que anulava a encomenda de um segundo 'ferry', o «Anticiclone». Essa decisão das autoridades açorianas (sob o falacioso pretexto do navio não cumprir a velocidade combinada) teve como desfecho quase imediato o colapso dos E.N.V.C. (que alegaram que a quebra de 'performances' do «Atlântida» resultou de numerosas alterações ao plano inicial exigidas pelo cliente), acabou com uma perda financeira de milhões e na dispersão de profissionais (técnicos e operários) experientes. Depois de uma tentativa lograda para vender o navio (pelo seu justo preço) à República da Venezuela, este foi entregue a um cliente estrangeiro por um preço infinitamente inferior ao seu valor comercial. Podendo, pois, dizer-se que o «Atlântida» foi vendido ao desbarato, à revelia dos interesses da nação. Mas isto da política é, como é obvio, assunto para outros espaços.

2 comentários:

  1. Bom dia

    o Atântida acabou por ser adquirido pelos portugueses da Douro Azul para fazer cruzeiros no Amazonas.

    António Lino

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  2. Que pena a falta de algum rigor nos números, em especial no técnicos. Só hoje li esta noticia e como tal, muito desactualizada, além dos dados errados. Enfim, escreve-se por escrever, sem rigor. O certo é que o navio foi aproveitado, e bem. Ao menos, quem se esforçou para que viesse a ser um "bom" navio, não deu por totalmente ser desperdiçado o tempo, já o que o dinheiro foi.

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