quinta-feira, 12 de junho de 2014

«AKADEMIK CHOKALSKIY»

Foi, no início da sua carreira, um navio de pesquizas científicas, que usou, sucessivamente, as bandeiras da U.R.S.S. e da Rússia. Construído no estaleiro Oy Ab Laivateollisuus, de Turku, na Finlândia, no ano de 1982, esta unidade de estudos oceanográficos (mas não só) foi enviada para Vladivostok, cidade portuária do Extremo Oriente, a partir da qual participou em expedições de estudo, tanto no Árctico como na Antárctida. Em 1998, já depois do colapso da União Soviética, o «Akademik Chokalskiy» sofreu importantes trabalhos de remodelação para poder, à margem da sua actividade normal, transportar passageiros interessados pelo chamado turismo radical. Promovendo visitas a regiões do planeta até então vedadas ao cidadão comum. Com 2 conveses reservados para essa actividade, este navio oferece um vasto espaço com acomodações para 54 passageiros, salas de refeições e de estar, bar, biblioteca, sauna e outros 'luxos'. A partir de 2011, este navio foi fretado por operadores turísticos da Austrália, que o levaram duas vezes aos mares polares. A última dessas viagens (2013) revestiu-se de alguma importância científica, pois foi organizada no quadro das comemorações do centenário da expedição de Douglas Mawson; que, no início do século passado, fornecera importantes informações sobre aquela inóspita região do globo. Mas um incidente de navegação ocorrido em Dezembro desse mesmo ano (e largamente noticiado pela imprensa mundial), granjeou ao «Akademik Chokalskiy» uma publicidade negativa. Com efeito, este navio -com 74 pessoas a bordo- ficou prisioneiro do gelo durante vários dias; e teve que solicitar ajuda internacional para poder safar-se da sua incómoda situação. O resgate definitivo dos passageiros do navio só se concretizaria a 2 de Janeiro de 2014, com a chegada 'in situ' do navio chinês «Xué Long», que graças à utilização do seu helicóptero de grande porte, logrou transferir os passageiros do navio russo para as embarcações de socorro. Só alguns dias mais tarde é que o «Akademik Chokalskiy» pôde, finalmente, libertar-se dos gelos que o imobilizaram. O navio em apreço -ao qual foi dado o nome de um famoso oceanógrafo russo- desloca 2 140 toneladas e mede 71 metros de comprimento por 12,80 metros de boca. Está equipado com 2 máquinas diesel (acopladas a 1 hélice) que lhe proporcionam uma velocidade de cruzeiro da ordem dos 14 nós. A sua tripulação compreende uma trintena de membros.

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