segunda-feira, 27 de agosto de 2012
«UGANDA»
Cruzador da armada real britânica. Pertencia à classe ‘Crown Colony’ e foi construído durante a Segunda Guerra Mundial (1941) pelos estaleiros da empresa Vickers-Armstrong, de Newcastle-upon-Tyne. Só em Janeiro de 1943 integrou os efectivos da ‘Royal Navy’, mas por pouco tempo, já que, em Outubro de 1944, foi transferido para a marinha de guerra canadiana. Sob chefia inglesa, o navio ainda teve tempo de assegurar escoltas de comboios de navios mercantes no Atlântico, nomeadamente a do paquete «Queen Mary» aquando da viagem às Américas de Winston Churchil. Esteve também implicado em operações no Mediterrâneo, como o apoio à invasão da Sicília. Nesse mar, a 13 de Setembro de 1943, o «Uganda» foi atingido em cheio por uma potente bomba (1,4 ton) alemã, facto que o imobilizou temporariamente. As reparações foram efectuadas em Malta (para onde foi rebocado pelo US «Narragansett») e, mais profundamente, no estaleiro de Charleston, na Carolina do Sul. Foi durante esta sua estadia forçada nos Estados Unidos, que o governo de Ottawa encetou negociações com Londres, que resultaram na sua cedência à armada do Canadá. Transferido para o Pacífico, o cruzador esteve implicado em vários e importantes combates, tais como a longa e dura batalha de Okinawa. Por determinação da tripulação (consultada pelo governo canadiano), o navio regressou ao Canadá antes do fim do conflito, aportando a Esquimalt, no dia da rendição incondicional do Japão. Colocado em situação de reserva em Agosto de 1947, o HMCS «Uganda» foi reactivado em 1952 para participar no conflito da Coreia, onde cumpriu dois serviços operacionais consecutivos. Em 1956, depois de ter participado nas cerimónias da coroação de Sua Majestade Isabel II em Spithead, o «Uganda» foi definitivamente desclassificado. Foi desmantelado num estaleiro do Japão em 1961. Este cruzador -que tinha uma guarnição de 730 homens- deslocava mais de 11 000 toneladas (em plena carga) e media 170 metros de cumprimento por 19 metros de boca. O seu sistema propulsivo desenvolvia uma potência de 72 500 shp, força que lhe autorizava uma velocidade da ordem dos 33 nós. A sua autonomia era de 10 200 milhas náuticas (a 12 nós). O seu armamento principal era constituído por 9 canhões de 152 mm, 4 canhões de 102 mm e 6 tubos lança-torpedos de 533 mm, para além de muitas outras armas de calibres inferiores. Esteve, inicialmente, equipado com 2 hidros ‘Walrus’, que lhe foram retirados em Novembro de 1943.
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