quinta-feira, 16 de agosto de 2012

«SEQUOIA»


Iate presidencial. Adquirido em 1931 pelo governo dos Estados Unidos da América, para servir na luta contra os contrabandistas de álcool, que infringiam a chamada Lei Seca. Em 1933 foi transferido para a ‘USS Navy’, que o colocou (enquanto embarcação de lazer) ao dispor do presidente Herbert Hoover e dos futuros inquilinos da Casa Branca, em substituição do velho «Mayflower», desactivado em 1929. O «Sequoia» foi construído em 1925 pelo estaleiro naval da empresa Mathis Yacht Building & Cº, de Camden (Nova Jérsia). O seu primeiro proprietário foi o magnata do petróleo William Dunning, que lhe deu o nome da companhia (Sequoia Oil) que dirigia; designativo que prevaleceu depois da compra governamental. Este iate era uma embarcação de 91 toneladas, que media 32 metros de comprimento por 5,54 metros de boca e por 1,35 metro de calado. Podia atingir uma velocidade de 14 nós. Tinha uma tripulação de 10 membros e dispunha de instalações adequadas ao descanso e ao trabalho do primeiro magistrado da nação. Foi rendido, em 1936, pelo «Potomac», um navio de maiores dimensões e muito mais confortável; mas ficou sob a tutela do Secretário de Estado da Marinha, que o disponibilizou para o serviço da Presidência com uma certa frequência. Diz-se que terá sido a bordo desta modesta embarcação que Roosevelt e Eisenhower determiram estratégias de guerra na Europa e que Truman terá tomado a grave decisão de mandar largar as bombas atómicas sobre o Japão. O «Sequoia» recebeu (já depois da sua subalternização) muitos convidados de marca, tanto norte-americanos como estrangeiros, sobretudo dirigentes políticos (todos os Governadores da União, Isabel II, Leonid Brejnev, Li Peng, etc); e diz-se que foi a bordo deste iate que foram tomadas decisões de importância capital para os destinos do Planeta, tais como aquelas elaboradas nas reuniões (com Kennedy) sobre a Crise dos Mísseis Cubanos e como a assinatura (com Nixon) dos Acordos SALT I. Um caso de polícia, que deu que falar, ocorreu a bordo do «Sequoia» em 1973, quando uma boa quarentena de marinheiros e fuzileiros navais que asseguravam o seu funcionamento e guarda se viu a braços com a justiça por consumo de marijuana. O iate acabou por ser vendido a um particular e, depois disso, mudou várias vezes de proprietário. Ainda hoje pertence ao sector privado, tentando, no entanto, o Congresso dos E.U.A. readquiri-lo. Para esse efeito, desbloqueou uma soma substancial (vários milhões de dólares) para que o pequeno navio volte ao património nacional. O que até agora ainda não se concretizou.

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