quarta-feira, 29 de agosto de 2012

«GULNARA»



Navio que pertenceu à armada do reino da Sardenha, no seio da qual funcionou como aviso de 2ª classe. Foi construído em Londres, no ano de 1832, num dos estaleiros navais do Tamisa e usou bandeira britânica e o primitivo nome de «Post Parcel». Adquirido pelos sardos em 1835, este navio deslocava 450 toneladas e media 34,80 metros de comprimento (entre perpendiculares) por 7,10 metros de boca. Tinha 2 mastros, devidamente aparelhados em brigue-escuna, e 1 máquina a vapor de 90 cv com veios acoplados a rodas de paletas laterais. Este sistema de propulsão mista (velas/vapor) permitia-lhe navegar à velocidade de 7 nós. A guarnição do aviso «Gulnara» (na armada sarda) era constituída por 57 homens, incluindo o corpo de oficiais. O armamento (ligeiro) deste navio foi sendo alterado ao longo do seu tempo de vida e das necessidades dos seus utilizadores, já que este aviso foi incorporado, em Março de 1861, na marinha de guerra da Itália unificada. Ao serviço do reino da Sardenha, este aviso executou, essencialmente, missões de patrulhamento das costas e de repressão da pirataria e do contrabando. Referido como tendo participado em acções da Primeira Guerra de Independência, parece ter sido utilizado, igualmente, como navio postal e de transporte de passageiros entre o norte de África e alguns portos itálicos, nomeadamente entre Tunis e Gagliari. É dado adquirido, que participou na guerra da Crimeia, como transporte de tropas. O «Gulnara» também chegou a ser aproveitado como navio oceanográfico (no estreito de Bonifácio) e como navio de transporte sanitário, aquando da erupção do Vesúvio de 1872. Obsoleto, foi retirado do serviço activo em Agosto de 1874 e desmantelado em data que se ignora.

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