sexta-feira, 17 de agosto de 2012
«CUSTÓDIO DE MELLO»
Antigo navio-escola da armada brasileira. Foi lançado à água no dia 10 de Junho de 1954 e desactivado –após 48 anos de serviço- a 27 e Setembro de 2002. Foi vendido para a sucata em 2004 e desmantelado, em Alang, na Índia, no ano seguinte. O «Custódio de Mello» foi construído no estaleiro naval Ishikawajima Heavy Industries, de Tóquio. Deslocava 9 464 toneladas (em plena carga) e media 120 metros de comprimento por 16 metros de boca. O seu sistema propulsor (2 caldeiras, 2 turbinas a vapor e 2 hélices) permitia-lhe atingir a velocidade máxima de 17 nós e de dispor de um raio de acção de 5 000 milhas náuticas, com andamento reduzido a 14 nós. Estava armado com 4 canhões de 72 mm e com 2 metralhadoras e 20 mm. Podia receber 4 000 toneladas de carga diversa, mais 425 m3 de carga frigorífica. Tinha uma guarnição de 127 homens, mas capacidade para acolher (durante curtos períodos de tempo) até 1 972 militares. Este navio-escola dispunha de todos os meios modernos (incluindo médico-sanitários) para dar satisfação a todas as necessidades de bordo. Esteve inicialmente incorporado numa frota de transporte, antes de –em 1959- ter realizado a sua primeira viagem de instrução de guardas-marinhas e de ser reclassificado, em 1961, como navio-escola com o indicativo de amura U-26. Foi este navio que transportou, em 1957, o batalhão brasileiro que integrou a missão de paz da ONU no Egipto (Suez). Em 1968, realizou uma memorável viagem de circum-navegação da Terra, durante a qual percorreu cerca de 25 000 milhas náuticas e visitou 12 portos nacionais e estrangeiros. Durante a sua longa carreira fez inúmeras viagens de cortesia no mundo inteiro, cumprindo, assim, a sua missão de embaixador itinerante do Brasil. Integrou, igualmente e por variadas vezes, exercícios navais organizados pela marinha de guerra do seu país ou de âmbito internacional. Navegou cerca de 1 milhão de milhas náuticas e formou várias gerações de oficiais da armada. Foi substituído pelo navio-escola «Brasil».
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