sexta-feira, 10 de agosto de 2012

«THRUSH»



Canhoneira britânica construída em 1889 no estaleiro naval da casa Scotts, de Greenock (G.B.). Pertencia à classe de navios mistos (vela/vapor) denominada ‘Redbreast’. Deslocava 805 toneladas e media 50 metros de longitude por 9,40 metros de boca. O seu calado era de 3,70 metros. A «Thrush» movia-se graças a 1 máquina a vapor de tripla expansão (desenvolvendo uma potência de 1 200 cv) acoplada a 1 hélice e ao velame dos seus 3 mastros, que apresentavam a configuração de um lugre-patacho; Esse conjunto proporcionava ao navio uma velocidade máxima de 13 nós. A sua primeira missão (sob o comando do príncipe Jorge, futuro rei de Inglaterra) levou a «Thrush» até ao Canadá e aos domínios britânicos das Caraíbas. Em finais do século XIX e no início da centúria seguinte, esta canhoneira –que tinha uma guarnição de 76 homens e que estava armada com 8 canhões e com 2 metralhadoras- participou no conflito que opôs os britânicos ao sultão de Zanzibar e na segunda guerra dos Boers. Em 1906, este navio foi destacado para a frota da Guarda Costeira, onde se manteve até 1915; ano em que foi vertido ao serviço dos cabos telefónicos. Com a eclosão da Grande Guerra, a «Thrush» foi mobilizada pelos serviços de socorros a náufragos. Por pouco tempo, já que a 11 de Abril de 1917, o navio naufragou na costa de Glenarm, Irlanda do Norte. Curiosidade : uma expedição preparada por arqueólogos marinhos e por mergulhadores desportivos recuperou o sino de bordo em 1993.

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