sábado, 4 de agosto de 2012

«SANS PAREIL»


Navio de linha de 80 canhões, construído em 1793, em França, pelo arsenal de Brest. Pertencia à classe ‘Tonnant’ e deslocava 2 190 toneladas em plena carga. Media 59,30 metros de comprimento por 15,30 de boca e o seu calado era de 7,80 metros. A sua guarnição era constituída por 738 homens, incluindo um corpo de fuzileiros navais. Passou menos de um ano ao serviço da armada francesa, visto ter sido capturado –en 1794- por uma esquadra inglesa colocada às ordens de lorde Howe. Esquadra que, após a sua vitória, libertou parte da tripulação do HMS «Castor», vencida dias antes pelo «Sans Pareil»; cujo nome significa ‘Sem Igual’. Integrado na ‘Royal Navy’, sob o comando de ‘sir’ Hugh Seymour (futuro almirante), o ex-navio gaulês conservou o seu nome. O «Sans Pareil» continuou a operar junto às costas de França, tendo participado (em 22 de Junho de 1795) na batalha naval de Groix. Em inícios de 1799, partiu para as Índias Ocidentais, assumindo as funções de navio-almirante de ‘lorde’ Seymour. Teve ali acção meritória, ao dar guerra aos navios franceses e espanhóis (alguns dos quais capturou), mas também a corsários de várias nacionalidades. Volveu a águas europeias, a Plymouth, em 1802, já depois do almirante Seymour ter sucumbido às febres tropicais que contraiu nas Caraíbas. Esteve no estaleiro a sofrer reparações até 1805. E navegou mais dois anos até ser (ingloriamente) transformado numa cadeia flutuante (para prisioneiros de guerra franceses) e, em 1810, num banal pontão. Essa condição degradante durou mais 32 anos, até Outubro de 1842, ano em que o Almirantado o mandou desmantelar.

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