sexta-feira, 28 de setembro de 2012
«PURITAN»
‘Clipper’ britânico construído em 1889 no estaleiro naval da firma J. Reid & Cº, de Port Glasgow (na Escócia). O «Puritan», que apresentava uma arqueação bruta de 2 361 toneladas, era um grande veleiro com casco de aço, 4 mastros (aparelhados em barca) e medindo 91,89 metros de comprimento por 12,13 metros de boca. O seu primeiro proprietário foi ‘sir’ R.W. Cameron (de Glásgua) e o seu primeiro comandante foi o capitão F. MacNair. Destinado às viagens de longo curso, este bonito navio foi presença constante nos mares do Sul, transportando pessoas (sobretudo emigrantes) e bens para a Austrália e outras longínquas regiões do mundo. Teve mais dois proprietários : as empresas AEG Oelriks (entre 1903 e 1909) e Baker, Carver & Morell, ambas sedeadas em Glásgua. Navegou até ao início da segunda década do século XX, praticamente sem precalços. Mas, no dia 17 de Junho de 1911, no decorrer de uma viagem no oceano Pacífico, cujo destino era o porto de San Francisco (Califórnia), o «Puritan» foi envolvido por uma tremenda tempestade, que lhe fez perder o rumo. Depois dos esforços inglórios da sua tripulação para o salvar, o veleiro acabou por ser abandonado à fúria dos elementos, que o afundaram em data incerta. O drama aconteceu a 800 milhas náuticas do arquipélago de Taiti. Dos três botes utilizados pela equipagem do ‘clipper’, um deles (no qual havia embarcado o capitão F. W. Chapman) conseguiu chegar àquelas ilhas sob administração francesa; outro foi recolhido (com os seus ocupantes) por um vapor navegando naquelas paragens; e o terceiro bote nunca mais foi visto, perdendo-se na imensidão do Pacífico, oceano que nem sempre fez jus ao nome que lhe deu Fernão de Magalhães.
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