quarta-feira, 12 de setembro de 2012
«ONDINA»
Lugre com 3 mastros e casco em madeira construído na Figueira da Foz por mestre António Maria Bolais Mónica. Foi lançado à água -em 10 de Dezembro de 1916- com o nome de «Maria Clementina», dado pelo seu primeiro armador, o empresário local José Maria Goulart. Ainda usou (entre 1917 e 1918) o designativo de «Ligeiro», quando fez parte da frota da casa Pereira & Moraes, Lda, também ela sedeada na Figueira da Foz. Com o seu derradeiro nome de «Ondina» serviu nas seguintes três firmas de vocação marítima : Empresa Portugal – Pesca e Transportes, de Lisboa (entre 1918 e 1921), Companhia Aveirense de Navegação e Pesca, de Aveiro (entre 1921 e 1922) e Sociedade Ondina, Lda, de Setúbal (entre 1922 e 1925). Segundo o seu último registo, este navio apresentava 281,47 toneladas de arqueação bruta e media 42,50 metros de comprimento (entre paralelas) por 8,88 metros de boca por 3,59 metros de pontal. Como muitos dos seus congéneres do tempo, o «Ondina» nunca foi motorizado, navegando, pois e sempre, integralmente à vela. Até à sua aquisição pela firma sadina acima mencionada, não existem referências sobre campanhas de pesca longínqua em que tenha participado. Em contrapartida, é certo que foi mandado aos grandes bancos da Terra Nova durante a campanha de 1923 e é quase certo que tenha repetido essa missão no ano seguinte. O caso do «Ondina» resta, aliás, um exemplo único de aposta na pesca do bacalhau feita por armadores setubalenses. Depois de 1926, perdeu-se o rasto deste veleiro de 3 mastros; cujo nome não consta da lista de naufrágios desse ano. Notas finais : não confundir este navio com o «Maria Ondina» (ex-«Navegador»), registado no porto de Aveiro, que navegou nas décadas de 30 e de 40 do século passado. A imagem anexa não representa o navio em apreço, mas uma embarcação do seu tipo.
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