segunda-feira, 27 de setembro de 2010

«AFONSO DE ALBUQUERQUE»


Corveta de propulsão mista (vela/vapor) construída nos estaleiros Thames Iron Works de Blackwall (Londres) para a Armada Portuguesa; na qual prestou serviço entre os anos de 1884 e 1909. Tinha uma estrutura de ferro com forro de madeira e zinco. Deslocava mais de 1 100 toneladas e media 62 metros de comprimento por 10 metros de boca. Os seus três mastros aparelhavam em barca. Dispunha de uma máquina a vapor 1 300 cv. A «Afonso de Albuquerque» navegava a uma velocidade máxima de 13,3 nós. Foi o primeiro navio de guerra português a dispor de uma instalação eléctrica para a iluminação de bordo. Do seu armamento constavam 2 peças de artilharia de 150 mm, 5 de 120 mm, 2 de 47 mm e 2 metralhadoras. O seu primeiro comandante foi o capitão-de-mar-e-guerra João Carlos Adrião. O navio serviu, sobretudo, no ultramar, encontrando-se em Moçambique por altura do famigerado ultimato inglês de 1890. O futuro almirante e inventor Gago Coutinho fez parte da guarnição da corveta «Afonso de Albuquerque» entre 1888 e 1891; guarnição que era constituída por 170 homens. Esteve em águas brasileiras (na companhia da sua congénere «Mindelo») em 1893, para dar apoio e protecção aos cidadãos portugueses, aquando do período de grande agitação política que ali se viveu por essa altura. A corveta «Afonso de Albuquerque» esteve em Inglaterra até 1901, onde foi submetida a ‘grandes fabricos’. Após essa passagem pelo estaleiro, foi, de novo, encaminhada para a África Oriental Portuguesa em missão de soberania. Completamente obsoleta, esta corveta foi desarmada em 1909 e abatida ao efectivo da armada nesse mesmo ano. O seu desmantelamento terá ocorrido em 1911.

Sem comentários:

Enviar um comentário