domingo, 12 de setembro de 2010

«IMPERATRITSA MARIYA»


Couraçado do tipo ‘Dreadnought’ da marinha imperial russa. Lançado à água em Novembro de 1913, pertenceu à esquadra do mar Negro. Deslocava 22 600 toneladas e media 168 metros de longitude por 27,30 metros de boca. A sua propulsão era assegurada por um sistema que compreendia 4 turbinas a vapor e 20 caldeiras, desenvolvendo 26 500 cv de potência global. O navio podia atingir velocidades da ordem dos 21 nós. O couraçado «Imperatritsa Mariya», cujo armamento principal era constituído por 12 canhões de 305 mm, 20 de 130 mm e 4 tubos lança-torpedos de 450 mm, tomou parte (com a sua guarnição de 1 220 homens) nos combates da 1ª Guerra Mundial, embora a sua acção se tenha resumido a missões de interesse secundário, todas elas dirigidas contra a navegação otomana e alemã do mar Negro e do Bósforo. O principal feito militar deste navio consistiu no apoio dado pela sua artilharia ao corpo de exército russo que conquistou a cidade turca de Trezibonde, em Abril de 1916. A 21 de Outubro desse mesmo ano, quando o couraçado se encontrava fundeado no porto de Sebastopol, produziu-se a bordo uma violentíssima deflagração que, além de ter provocado o soçobro do «Imperatritsa Mariya», matou 225 marinheiros. As averiguações da comissão de inquérito nomeada pelo ministério de tutela, pressionado pela opinião pública da Rússia, nunca chegaram a determinar se o navio foi alvo de um acto de sabotagem ou vítima de uma explosão acidental. O couraçado foi emergido, mas nunca chegou a ser reparado, devido à eclosão da revolução bolchevique de 1917. O navio acabou por ser desmantelado num estaleiro de Sebastopol em 1927; mas algumas das suas peças de 305 mm foram-lhe retiradas e utilizadas contra os alemães, aquando da defesa dessa cidade em 1941-42. E três outros desses poderosos canhões foram montados sobre plataformas ferroviárias.

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