terça-feira, 21 de setembro de 2010
«ARCHIMEDES»
Este navio foi construído -a pedido do almirantado britânico- por F. P. Smith, que já havia concebido uma pequena embarcação que se movia graças a um sistema propulsivo do tipo vapor/hélice. Para explorar comercialmente o brevet da hélice (inspirada pelo princípio do parafuso de Arquimedes), Smith havia fundado a Ship Propeller Company, que patrocinou a construção do navio nos estaleiros de Millwall, situados numa margem do Tamisa. Quando o «Archimedes» foi lançado à água, em Outubro de 1838, apresentava-se aparelhado como um lugre-escuna, ao qual fora adicionado uma máquina a vapor desenvolvendo 80 cv de força e uma hélice de passo duplo. Nas suas primeiras viagens, realizadas em 1840, o «Archimedes» fez uma circum-navegação da Grã-Bretanha e uma tirada até à cidade do Porto, em tempos record, demonstrando, assim, a superioridade da hélice sobre as tradicionais rodas de palhetas. Parece que o «Archimedes» foi vendido ao Chile, onde foi despojado do seu sistema vapor/hélice, e que acabou a sua carreira (como simples veleiro) fazendo serviço entre esse país da América do sul e a Austrália. Mas esse facto não foi considerado um fracasso do ‘invento’ de F. P. Smith, visto o «Archimede» ter tido um sucessor imediato, o «Novelty», que assegurou a perenidade da hélice; que durou até aos nossos dias. O «Archimedes» media 32,50 metros de longitude por 6,86 metros de boca e deslocava 237 toneladas.
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