sábado, 11 de setembro de 2010

«RAINHA DOS ANJOS»


A nau portuguesa «Rainha dos Anjos», de 54 canhões, foi construída em 1716. Em 1722 embarcou no porto de Macau valioso carregamento, do qual fazia parte um lote de objectos artísticos em vidro esmaltado da era Kangxi, enviado como presente ao rei de Portugal D. João V e ao papa Clemente XI; cuja amizade e respeito o imperador da China queria conquistar. No seu regresso à Europa, o capitão do navio optou pela chamada ‘volta larga’, que compreendia uma escala técnica no Rio de Janeiro. Na noite de 17 de Junho de 1722, a «Rainha dos Anjos» estava fundeada na baía da Guanabara, quando, no seu paiol, se produziu uma medonha explosão, que a destroçou e afundou, matando muitos dos seus tripulantes. O desastre deu-se num local próximo da ilha das Cobras e foi muito comentado (existem relatos desse tempo) pela população local. Depois caiu -durante quase três séculos- no esquecimento total. Aqui há uns anos atrás, um grupo de mergulhadores brasileiros trouxe à superfície restos de madeira susceptíveis de terem pertencido ao casco da nau portuguesa. Especialistas (internacionais) do assunto interessaram-se pelo naufrágio acidental da «Rainha dos Anjos» e propalaram a notícia de que o valor actual da sua carga ascenderia a 1 bilião de dólares. O que, sendo verdade, faria da exploração dos restos da infortunada nau um negócio dos mais rendosos. Mas, até agora, o governo do Brasil tem fechado a porta aos caçadores de tesouros e protegido esse sítio arqueológico de grande valor histórico. E traça planos para que, futuramente, ele se abra aos peritos sob o severo controle das autoridades oficiais.

1 comentário:

  1. I am a published author whose works have been translated into several languages. A chapter in one of my books was on the nau "Rainha dos Anjos" and her precious cargo. This prompted Media Mundi,Rio de Janeiro, to ask me for an essay for their forthcoming book "Rainha dos Anjos," patrimonico historico da Baiha de Guanabara.
    Unfortunately, Media Mundi did not follow any of the publishing conventions. Since I have never seen any proofs, I can not vouch for the accuracy of my essay in English, and the translations into Spanish and Portuguese were done without my knowledge and consent. Therefore, I wish to post a 'disclaimer' for all the material attributed to me.
    Thank you,
    Emily Byrne Curtis
    e-mail:mecurtis@earthlink.net

    ResponderEliminar