segunda-feira, 13 de setembro de 2010

«KJOBENHAVN»


Belíssimo veleiro de cinco mastros e casco de aço, construído em 1921 nos estaleiros da casa Ramage & Fergusson (de Leith, Escócia) para uma sociedade armadora dinamarquesa especializada no comércio com o Estrêmo-Oriente. Deslocava cerca de 4 000 toneladas e media 119 metros de comprimento fora a fora por 14,95 metros de boca. Os seus altaneiros mastros podiam arvorar até 5 200 m2 de velas. Estava equipado com um motor auxiliar de 500 cv. As suas formas e outras características técnicas inspiraram-se nas do seu famoso congénere «Potosi» (construído em 1895), que chegou a atingir a velocidade record de 22,4 nós. O «Kjobenhavn» era um navio de tal modo impressionante, que, antes de largar para a sua primeira viagem, foi visitado por 10 000 pessoas, incluindo os reis da Dinamarca. Depois de ter terminado a sua carreira comercial, o «Kjobenhavn» (‘Copenhague’, na nossa língua) foi convertido em navio-escola e colocado ao serviço da marinha mercante dinamarquesa. Este magnífico navio perdeu-se em Dezembro de 1928 ou Janeiro do ano seguinte -provavelmente ao tentar dobrar o cabo Horn- quando efectuava uma viagem de instrução entre a Europa e a Austrália e já depois de ter feito uma escala em Montevideo. Não houve sobreviventes entre os seus 60 tripulantes, dos quais 45 eram jovens cadetes.

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