segunda-feira, 20 de setembro de 2010
«RAINHA DE PORTUGAL»
Navio da armada real portuguesa construído (sob a orientação do mestre Torcato José Clavina) e lançado à água, no ano de 1791, pelo estaleiro da Ribeira das Naus, Lisboa. Pertenceu à chamada Esquadra do Estreito entre 1798 e 1807 que esteve no mar Mediterrâneo -sob o mando do marquês de Niza, um dos nossos melhores peritos da guerra naval- apoiando brilhantemente a acção dos famosos almirantes ingleses John Jervis e Horatio Nelson na guerra contra a França napoleónica. Participou, entre outras operações de relevo, no bloqueio da ilha de Malta. Em 1807, aquando da primeira invasão francesa, foi um dos navios que conduziu a corte do príncipe regente D. João (futuro D. João VI) ao Brasil, cabendo-lhe transportar D. Carlota Joaquina e alguns dos seus filhos mais jovens, além de outras figuras importantes do seu séquito. A nau «Rainha de Portugal» desempenhou várias missões de soberania na América do sul, até que, em 1821, se fez à vela de regresso a Portugal. Em 1833, aquando da guerra civil desencadeada pelo partido absolutista do príncipe D. Miguel, a «Rainha de Portugal» participou activamente (e ao lado das forças fiéis ao 'rei caceteiro') na batalha naval do Cabo de São Vicente, travada a 5 de Julho desse mesmo ano. Apresado pelas forças liberais, o navio voltou ao serviço do governo cartista e foi desmantelado em 1851, após uma carreira de 60 longos anos. A «Rainha de Portugal» era um navio de três mastros, com uma guarnição de 670 homens, entre marinheiros e soldados. Media 57 metros de comprimento por 14,40 metros de boca e gozava da reputação de possuir excelentes qualidades náuticas.
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