quarta-feira, 16 de setembro de 2009

«THOMAS STEPHENS»


Clipper britânico (três mastros galera), lançado á água em 1869 pelos estaleiros William H. Potter & Cº, de Liverpool. Deslocava mais de 2 000 toneladas em plena carga e media 90,90 metros de comprimento por 12,70 metros de boca. Pertenceu (como o nome indicava claramente) à conhecida casa armadora Thomas Stephens & Sons, de Londres. A sua viagem inaugural iniciou-se no dia 24 de Setembro de 1869 em Liverpool. Chegou ao seu destino -Melburne, na Austrália- após 82 dias de navegação. Serviu 10 anos nessa carreira, sem incidentes dignos de menção. Em 1896, o navio foi vendido ao estado português, que, depois de o ter transformado no arsenal do Alfeite, o integrou na armada com a categoria de transporte de guerra. Usou, depois da sua aquisição, o nome de «Pero de Alenquer» e esteve operacional até 1910. Em 1912, quando se encontrava fundeado no mar da Palha, foi prisão temporária (tal como a fragata «Dom Fernando II e Glória») de militares e membros da Carbonária implicados no levantamento de 31 de Janeiro e responsabilizados pelo assalto armado à sede da União dos Sindicatos. Desapareceu no oceano Atlântico em dia indeterminado do mês de Janeiro de 1916, quando navegava dos Estados Unidos da América para Lisboa. Pensa-se que, talvez, tenha sido afundado por um submarino alemão. Não houve sobreviventes.

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