quarta-feira, 9 de setembro de 2009

«ACHILLE LAURO»


Este navio -cujo primeiro nome foi «Willem Ruys»- começou a ser construído nos estaleiros de Flessingue (Países Baixos) em finais dos anos 30 do século XX, para o armador Rotterdamsche Lloyd; mas, por causa guerra, só foi dado como concluído na década seguinte, depois do armistício. Iniciou a sua viagem inaugural a 2 de Dezembro de 1947 na linha da Austrália, na qual permaneceu até 1963. O navio foi vendido, no ano seguinte, à Flotta Lauro (de Nápoles), que o modernizou e lhe atribuíu o nome do famoso armador italiano. A celebridade do «Achille Lauro» provém do facto de ter sofrido no Mediterrâneo (em Outubro de 1985) um ataque terrorista, com consequências inesperadas e que encheram as primeiras páginas dos jornais. Durante esse assalto, imputado à resistência palestiniana, um passageiro do navio (cidadão norte-americano, deficiente motor e de religião judaica) foi lançado pela borda fora pelos piratas. Esse acto bárbaro provocou a reacção da aeronaval dos Estados Unidos, que se revestiu, também ela, de contornos poucos dignos e não-conformes com as leis internacionais : o desvio forçado de um avião comercial (um Boeing 737, d'Egypt Air), no qual viajavam os supostos mentores do assalto ao paquete italiano. O «Achille Lauro», paquete de cruzeiros, era um navio que media 192 m de comprimento por 25 m de boca. Naufragou no dia 2 de Dezembro de 1994 ao largo das costas da Somália, em consequência de um violento incêndio, que se havia declarado a bordo 3 dias antes e que não fora possível extinguir. No navio em fogo, que transportava nessa sua última viagem cerca de mil pessoas (402 tripulantes e 579 passageiros), morreram 2 pessoas. Todas as outras foram socorridas e salvas pelo «Hawaiian King», um petroleiro de bandeira panamiana.

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