terça-feira, 8 de setembro de 2009

«POTOSI»


Veleiro de cinco mastros (aparelhado em barca) pertencente à casa armadora alemã F. Laeisz, a famosa Flying P-Liner. Destinado ao transporte de nitrato entre o Chile e a Europa, o «Potosi» foi construído no ano de 1895 pelos estaleiros navais Tacklenborg de Geestemünde (Alemanha). Deslocava 8 580 toneladas e media 132,90 m de comprimento por 15,15 m de boca. O seu sistema propulsor era constituído por 39 velas, que totalizavam 5 250 m2 de superfície e que podiam imprimir ao navio uma velocidade máxima de 19 nós. O «Potosi» necessitava de uma tripulação nunca inferior a 40 homens para funcionar. Foi um dos maiores veleiros do mundo do seu tempo. Tinha feito 27 travessias transoceânicas (com passagem obrigatória pelo temível cabo Horn), quando eclodiu a Grande Guerra. Permaneceu no porto chileno de Valparaíso até 1917, ano em que foi vendido ao armador F.A. Vinnen, de Bremen. Depois mudou várias vezes de mão e de bandeira, até que -em 1923- foi adquirido pela firma chilena González, Sofia & Cº, que lhe atribuiu o nome de «Flora» e o destinou ao transporte de carga diversa. Foi ao serviço desta casa e com um carregamento de carvão, que o veleiro se perdeu ao largo das costas da Patagónia. Abandonado pela sua tripulação, na sequência de um incêndio que se declarou a bordo, o ex-«Potosi» foi afundado a tiros de canhão (em 1925) pelo cruzador argentino «Patria», por representar um perigo para a navegação.

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