quinta-feira, 19 de agosto de 2010

«SHINANO»


Porta-aviões da marinha imperial japonesa, construído a partir de um casco de couraçado da classe 'Yamato'. Lançado à água em 1944, o «Shinano» foi o maior navio do seu tipo até ao aparecimento do «Forrestal», da armada dos Estados Unidos, em 1955. O «Shinano» media 266 metros de comprimento por 40 metros de boca máxima (pista) e podia deslocar cerca de 72 000 toneladas em plena carga. O seu sistema de propulsão (12 caldeiras a petróleo e turbinas a vapor, movimentando 4 hélices) desenvolviam 153 000 cv de potência global e podiam imprimir ao navio uma velocidade máxima de 28 nós. A sua cintura de protecção lateral era constituída por uma blindagem de 127 mm. 17 000 toneladas de aço couraçavam a sua pista que podia, teoricamente, resistir à explosão de bombas de 1 000 libras. Do armamento defensivo deste grande porta-aviões faziam parte canhões de calibre 120 mm e 100 mm, além de 145 peças antiaéreas de 25 mm e 12 rampas de lança-foguetes. O seu parque de aeronaves podia ascender a 100 unidades, se a natureza da missão confiada ao «Shinano» o exigisse. A sua equipagem era de 2 400 homens. A existência deste mastodonte foi mantida secreta e, quando o navio foi afundado a 29 de Novembro de 1944 (no percurso de Yokusuka a Kure) pelos torpedos do submarino USS «Archerfish», a vitória norte-americana foi anunciada, de boa fé, como se a unidade nipónica posta fora de combate fosse um banal porta-aviões de 28 000 toneladas. A maior parte da sua guarnição pôde salvar-se devido à lentidão do soçobro. Segundo os sobreviventes, a perda do navio ficou a dever-se à inundação da casa das máquinas à qual não foi possível remediar. O «Shinano» resta, na história naval, como o maior navio jamais afundado por um submarino.

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