sábado, 28 de agosto de 2010
«HANNOVER»
Couraçado da marinha imperial alemã, pertencente à classe ‘Deutschland’. Foi construído em 1905 pelos estaleiros Kaiserliche Werft, de Wilhelmshaven. Deslocava 14 218 toneladas em plena carga e media 127,60 metros de comprimento por 22, 20 metros de boca. Fortemente blindado, este navio tinha como armamento principal 4 canhões de 280 mm, 14 de 170 mm, 22 de 88 mm e 6 tubos lança-torpedos de 450 mm. O seu sistema propulsivo inicial era constituído por 3 máquinas a vapor de tripla expansão e por 12 caldeiras a carvão, que geravam uma potência global de 17 768 cv e podiam imprimir ao navio a velocidade de 18 nós. O raio de acção do «Hannover» era de 4 800 milhas náuticas, com a marcha estabilizada a 10 nós. A sua guarnição completa era formada por 35 oficiais e por 708 sargentos e praças. Este navio era o ‘sister-ship’ do já referido «Deutscland», mas também do «Pommern», do «Schlesien» e do «Schleswig-Holstein». Pertenceu à 2ª Esquadra do Báltico, da qual chegou a ser o navio-almirante. Participou activamente na batalha naval da Jutlândia (31 de Maio de 1916), de onde saiu ileso. Julgado obsoleto -o couraçado «Hannover» era um pré-‘Dreadnought’- foi, depois de uma intervenção no arsenal de Kiel, ocorrida em finais do ano de 1916, designado navio-alvo e, no ano seguinte, foi-lhe retirada parte da sua artilharia para reforçar a defesa costeira. Depois do fim da Grande Gerra e da assinatura do tratado de Versalhes, a Alemanha foi autorizada a conservar certos navios de tecnologia ultrapassada, figurando, entre eles, o «Hannover»; que foi rearmado e até chegou a usar (a partir de Junho de 1921) a flâmula de navio-almirante da frota do Báltico. Serviu nas forças navais da república de Weimar até à sua desqualificação definitiva em 1931. A sua carcaça, de novo utilizada como alvo, sobreviveu até finais do regime nazi, sendo desmantelada entre 1944 e 1946.
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