segunda-feira, 2 de agosto de 2010

«BELLE POULE» (III)


Esta fragata da armada francesa foi lançada à água em 1834 pelo arsenal de Cherburgo, na Normandia. Foi um dos primeiros navios a ser construído numa doca totalmente coberta. A não confundir com dois outros navios da mesma categoria e do mesmo nome (um de meados do século XVIII e outro de inícios da centúria seguinte), que pertenceram aos efectivos da marinha de guerra gaulesa. Deslocava (em plena carga ) cerca de 2 500 tonéis e media 54 metros de comprimento por 14,10 metros de boca. Esta fragata parece ter sido construída segundo o desenho da «Constitution», a sua famosa congénere norte-americana, e dela, ter herdade excelentes qualidades náuticas. A «Belle Poule» tinha uma guarnição de 450 homens e estava armada com 60 peças de artilharia de diversos calibres. A sua velocidade média era de 11 nós. Pertenceu à Esquadra do Levante (baseada em Toulon) e esteve, durante um tempo, sob o mando do príncipe de Joinville, filho terceito do rei Luís-Filipe. Patrulhou no Atlântico norte (fazendo nomeadamente um cruzeiro à Terra Nova) e desempenhou missões nas costas do Magrebe, da África negra e do Brasil, além de ter participado activamente na guerra da Crimeia. Mas a missão mais conhecida da fragata «Belle Poule» foi a de ter expatriado em 1840, da ilha de Santa Helena, os restos mortais de Napoleão Bonaparte. Para essa ocasião, o navio foi integralmente pintado de preto, cor que conservou até ao fim da sua carreira. Depois de ter sofrido avarias graves em 1854, aquando de uma missão, no oceano Índico, este navio acabou por ser transformado em transporte de tropas e, mais tarde, em paiol flutuante. A outrora explendorosa fragata «Belle Poule» (terceira do nome) foi desmantelada em 1888. Um veleiro-escola da ‘marine nationale’ ostenta hoje esse nome.

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