sexta-feira, 13 de agosto de 2010
«SAINT FRANÇOIS D'ASSISE»
Construído em 1900 pelo estaleiro naval da firma Delabrosse & Fouché, de Nantes, o «Saint François d’Assise» era um veleiro (600 tonéis, 50 m x 9,20 m) de três mastros e casco de aço dotado de propulsão mista (vela/vapor). Equipado com 40 camas e guarnecido de pessoal médico e de enfermagem, o navio foi colocado (em 1901) ao serviço da Société des Oeuvres de Mer, na qualidade de navio-hospital. Esta unidade sanitária acompanhou e prestou assistência à frota francesa de pesca do bacalhau -que operava nas águas da Islândia e nos Grandes Bancos canadianos- até 1924, ano em que foi retirado dessa função e vendido a um armador particular. Com uma interrupção, porém, durante a Grande Guerra, altura em que foi requisitado pela autoridade militar e transformado em cruzador-auxiliar, com o nome de «El Hadj». Nessa sua função bélica (que contrastava com a sua missão inicial), o navio transferiu parte do corpo expedicionário francês para a frente do Levante, patrulhou as costas da Síria e transportou peregrinos para Meca. Em 1920 recuperou o seu primeiro nome de baptismo e o seu estatuto e configuração inicial para voltar aos mares do bacalhau, onde a sua actividade foi sempre muito apreciada e louvada pela corporação piscatória. Foi vendido em 1925 a um armador nórdico (provavelmente dinamarquês), que lhe atribuiu o nome de «Nylhom» e lhe deu um destino que se ignora. A administração postal francesa emitiu um selo em lembrança do «Saint François d’Assise» e dos bons serviços prestados aos pescadores.
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