domingo, 15 de agosto de 2010

«LE RENARD»


Aviso que entrou ao serviço da armada francesa em 1865. Era um navio de 813 tonéis, dotado com propulsão mista (vela/vapor), contruído pelos Chantiers et Ateliers de l'Océan-Pastoureau, de Bacalan (Bordéus). O seu casco era de madeira, mas assente numa robusta carcaça metálica. Media 70 metros de comprimento por 8 metros de boca. O seu sistema propulsor era constituído por uma máquina a vapor de 150 cv e pelo aparelho vélico de 503 m2, que vestia os seus três mastros. A sua acção combinada podia, em condições de vento favoráveis, lançar o «Renard» a uma velocidade máxima de 14 nós. O navio estava armado com 4 peças de artilharia e com um impressionante esporão de 3 metros de alongamento, capaz de esventrar os cascos de madeira de eventuais inimigos. Este aviso fez parte, durante oito meses, da Divisão Couraçada do Norte, antes de ser comissionado para o Mediterrâneo; onde, graças à sua rapidez, se revelou de grande utilidade, no encaminhamento de correios urgentes entre a metrópole e a Agélia e o Levante. O «Renard» voltou ao oceano Atlântico -ao arsenal de Brest- em 1873 para substituir as suas caldeiras; mas logo regressou ao Mediterrâneo, para aí voltar a cumprir as suas tarefas habituais entre as duas margens do 'mare nostrum' e cumprir missões de soberania ao longo das costas norte-africanas e em águas da Síria. Na noite de 3 para 4 de Junho de 1885, depois de ter atravessado o canal de Suez, o «Renard» encontrava-se no oceano Índico, ao largo de Aden, quando foi surpreendido por um violento tufão; que o afundou com as 130 pessoas que embarcara em Obock, porto da Costa Francesa dos Somalis. Não houve sobreviventes.

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