quarta-feira, 4 de agosto de 2010

«SANTA ANA»


Navio de linha espanhol construído na Galiza, nos Reais Astilleros de Esteiro (Ferrol), e lançado à água no dia 28 de Setembro de 1784. Os seus planos de construção são atribuídos a José Romero y Fernández de Landa. Media 59,46 metros de comprimento por 16,56 metros de boca. O seu calado era de 7,36 metros. Estava armado com 120 bocas de fogo (distribuídas por três cobertas), o que fazia dele um dos mais poderosos navios do mundo de finais do século XVIII. O «Santa Ana» deixou nome na história naval, por ter tido -com a sua guarnição- um comportamento honroso durante a batalha de Trafalgar. Aquando desse confronto ocorrido em 21 de Outubro de 1805 e do qual Horácio Nelson foi o grande vencedor, o «Santa Ana» (sob comando do capitão Gardoqui) bateu-se directamente com o «Royal Sovereinh», que descarregou sobre ele, em duas passagens, as salvas dos seus 100 canhões. Que causaram no navio espanhol avarias de monta (popa completamente destroçada, mastreame danificado, etc) e provocaram 97 mortos e 141 feridos entre os oficiais e marinheiros ibéricos. O rival britânico também sofreu desgastes devastadores. De tal modo importantes que, após a rendição (com glória) do seu adversário, todos os sobreviventes do «Royal Sovereign» (vaso de guerra que ostentava as insígnias do almirante Collingwood) tiveram de ser transferidos para navio espanhol; que sobreviveu à batalha. Sabe-se que o «Santa Ana» teve um fim desastroso, pois acabou por naufragar, em 1816, em águas de Cuba, quando se preparava para dar entrada no arsenal de Havana.

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