quarta-feira, 25 de agosto de 2010
«SANTÍSIMA TRINIDAD»
Navio da armada argentina, construído no estaleiro estatal de Rio Santiago (Ensenada) e lançado à água no dia 12 de Novembro de 1974. Pertence ao tipo 42, desenvolvido para a ‘Royal Navy’, que cedeu aos sul-americanos a respectiva licença de construção. Com 4 820 toneladas de deslocamento, 125 metros de comprimento e 14,30 metros de boca, o «Santísima Trinidad» foi concebido para operar com um sistema de lança-mísseis, que constituíu, aliás, o seu armamento principal. Além de 1 peça de artilharia clássica de 115 mm, de 2 metralhadoras AA de 20 mm e de 6 tubos lança-torpedos, este ‘destroyer’ foi dotado com 1 rampa dupla para mísseis ‘Sea Dart’ e 2 outras para mísseis ‘Exocet’. O navio podia atingir a velocidade máxima de 30 nós, graças às suas 4 turbinas a gás Rolls-Royce. Tinha uma autonomia de 4 500 milhas náutica com a velocidade estabilizada a 18 nós. Do seu equipamento fizeram parte 1 helicóptero Westland ‘Lynx’ e 1 ‘Alouette III’. Este navio era gémeo do ARA «Hércules». Na sua primeira fase de realização, o navio foi parcialmente afundado, na sequência de um atentado (com explosivos) cometido pela organização antigovernamental dos Montoneros. Em 1981, fez uma viagem probatória a Portsmouth, com escalas no Brasil e nas Canárias. Durante a guerra das Malvinas (ou das Falkland), fez parte da força naval que conquistou o arquipélago, chagando a ser (em Março de 1982) navio-almirante da Força ‘Tareas 40’. Assegurou também, com outras unidades da armada argentina, uma apertada protecção do porta-aviões «Veinticinco de Mayo», o navio mais precioso lançado nesse conflito pela ditadura sul-americana. Depois da derrota dos argentinos nesta guerra do fim do mundo, o «Santísima Trinidad» recolheu à sua base de Puerto Belgrano, de onde só saiu para efectuar manobras de carácter caseiro ou internacional, com as armadas do Brasil (Outubro/Novembro 1982) e de Itália (1987). Devido ao embargo lançado pela Grã-Bretanha sobre material de guerra com destinho à Argentina, o «Santísima Trinidad» começou a ser canibalizado em proveito do «Hércules». O ‘destroyer’ «Santísima Trinidad» foi descomissionado em 2005, mas parece existir um projecto para o transformar em navio-museu, o que o pouparia ao efeito demolidor do camartelo.
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