quinta-feira, 10 de maio de 2012
«SAN AGUSTÍN»
Navio de linha de 3ª classe da armada espanhola. Foi construído nos estaleiros reais de Guarnizo (costa cantábrica) em 1768. Era uma unidade com 1 427 toneladas, medindo 52,93 metros de comprimento por 13,63 metros de boca. Tinha duas cobertas guarnecidas com 74 canhões. A sua tripulação era constituída por 730 homens, marinheiros e soldados. Esteve implicado em vários combates contra a ‘Royal Navy’, nomeadamente nos confrontos do cabo São Vicente e de Vigo. No dia 19 de Abril de 1777, depois de se ter desgarrado de um comboio de navios que escoltava, o «San Augustín» travou combate, no Atlântico, com dois vasos de guerra portugueses, o «Nossa Senhora do Pilar» (de 26 canhões) e o «Nossa Senhora dos Prazeres» (de 70 canhões). No termo de uma noite de perseguição, o navio espanhol rendeu-se e foi incorporado na nossa armada com o nome de «Santo Agostinho». Foi devolvido à procedência, depois de, em 1 de Outubro desse mesmo ano, se ter procedido à assinatura de um tratado de paz (Tratado de Santo Ildefonso) entre as duas nações ibéricas. Integrado na esquadra do tenente-general Domingo Pérez de Grandallana e sob o comando de Felipe de Jado y Cagigal, o «San Augustín» participou na batalha de Trafalgar e teve a honra de disparar contra os Ingleses a primeira salva de artilharia da armada espanhola. Assediado pelos navios inimigos «Leviathan», «Conqueror», «Africa» e «Britannia», este vaso de guerra espanhol foi seriamente danificado e obrigado a render-se. Mas, só depois do seu comandante se ter assegurado de que a bandeira de Espanha não seria arriada até ao inevitável soçobro do «San Augustín». O que aconteceu no dia 29 de Outubro de 1805, após ter sido incendiado pelo adversário. O navio espanhol sofreu 180 mortos e 180 feridos. Os outros membros da sua guarnição, incluindo o seu heróico capitão, foram feitos prisioneiros e levados para Gibraltar. Nota : o navio que ilustra este texto não é o «San Agustín», mas uma unidade da mesma categoria.
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