sexta-feira, 18 de maio de 2012
«PRINCESA ISABEL»
Paquete brasileiro construído em 1962, em Espanha (pela Sociedad Española de Construcción Naval, de Bilbau), para a frota da Companhia Nacional de Navegação Costeira, do Rio de Janeiro. Tinha três ‘sister ships’, o «Princesa Leopoldina» (também ele construído na península Ibérica) e os «Anna Nery» e «Rosa da Fonseca», ambos realizados pela indústria naval jugoslava. A estes navios foi dado o poético nome de Cisnes Brancos, em referência à sua elegância e à cor dos seus cascos e superestruturas. O «Princesa Isabel» -que fez cabotagem entre Buenos Aires e o porto amazónico de Manaus- foi aquele que menos tempo navegou com bandeira brasileira. Em Novembro de 1967 passou a usar as cores do Lloyd Brasileiro, pelo facto do seu primeiro proprietário ter sido absorvido por esta companhia estatizada. O navio foi retirado do serviço em Agosto de 1968 e, no ano seguinte, foi reconstruído em Glásgua (Escócia) para efectuar cruzeiros no Extremo Oriente, onde permaneceu até 1978, com o nome de «Marco Polo». Ainda nesse ano, o navio foi vendido a armadores gregos, que o trouxeram para o Mediterrâneo e o mantiveram na actividade turística até 2007, tendo-se chamado, sucessivamente, «Aquamarine», «Odysseus» e Lucky Star». Regressou, de novo, ao Oriente, passando a operar (primeiramente em Macau e depois em Singapura) como casino flutuante com o nome de «Lucky». Depois de quase cinco décadas de serviço activo, o antigo «Princesa Isabel» (nome que lhe foi dado pelo seu primeiro proprietário em homenagem a uma infanta imperial implicada no processo de abolição da escravatura) foi vendido a um sucateiro indiano, que, em 2008, o levou para Alang, onde se procedeu ao seu desmantelamento. O navio apresentava 9 821 toneladas de arqueação bruta e media 145,60 metros de comprimento por 18,70 metros de boca.
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