sexta-feira, 11 de maio de 2012

«DUPLEIX»



O «Dupleix» foi o primeiro navio de uma série de três paquetes de propulsão mista (vela/vapor), construídos nos estaleiros de La Ciotat (no início da década de 60 do século XIX) para a Compagnie des Messageries Maritimes. Os outros dois navios foram baptizados com os nomes de «Meinam» e «La Bourdonnais». Construído em aço, o «Dupleix» deslocava 2 066 toneladas e media 84 metros de comprimento por 9,40 metros de boca. Foi equipado, inicialmente, com uma máquina vertical de 2 cilindros e caldeira cilindriforme. Dispunha, por outro lado, de três mastros e de um aparelho vélico configurado em barca. Depois de ter prestado (durante nove anos) bons e úteis serviços nas linhas do Levante e do Extremo-Oriente, o «Dupleix» regressou (em 1871) ao estaleiro de origem para se submeter a grandes trabalhos de modernização. Durante essa intervenção, o seu casco foi alongado para 92 metros, perdeu um dos mastros, recebeu duas novas superestruturas e viu a sua primeira máquina ser substituído por um engenho Compound de 3 cilindros e por caldeiras de alta pressão, que lhe garantiam 1 600 cv de potência e lhe conferiam uma velocidade de 12 nós. O «Dupleix», que podia transportar um elevado (mas indeterminado) número de passageiros, entre os quais se contavam 100 em camarotes reservados, voltou à linha do Levante com desdobramento ocasional para Madagáscar e outros destinos do oceano Índico. Em 1886 foi destacado para o Pacífico, assegurando os serviços de uma linha que ligava Nouméa (Nova Caledónia) a Sidney. Foi nesta cidade australiana que, em 1888, o navio foi vendido à companhia Hon. J. C. Ellis, que o colocou na sua ligação com a Tasmânia. O antigo navio francês ainda chegou a navegar, algum tempo, com as cores da sociedade J. P. Franki, até que, em Agosto de 1898, foi desmantelado num estaleiro de Sidney. Chamava-se, então, «Jubilee», nome que adoptou assim que começou a hastear bandeira da Austrália.

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