sábado, 10 de dezembro de 2011
«YAPEYU»
Transatlântico que pertenceu inicialmente à frota da Compañia Argentina de Navegación Dodero. Foi construído de raíz (em 1951) para essa conhecida casa armadora sul-ameriana nos estaleiros holandeses Van der Giessen & Zonens. A sua arqueação bruta elevava-se a 11 450 toneladas e as suas dimensões eram as seguintes : 459,50 metros de comprimento fora a fora e 19,57 metros de boca. Navegava graças à potência dos 10 000 hp desenvolvidos pelas suas 2 máquinas diesel, que lhe permitiam atingir a velocidade de cruzeiro de 17 nós. A tripulação do «Yapeyu» era constituída por 150 membros (oficiais, marinheiros e pessoal do serviço de bordo) e o paquete podia receber 788 passageiros, 13 dos quais em 1ª classe. Este navio especializou-se no transporte de emigrantes europeus (sobretudo ibéricos) para os países americanos do cone sul, especialmente Brasil, Uruguai e Argentina. A sua primeira carreira (na qual o navio se manteve durante nove anos) levava-o da capital argentina até Hamburgo, via Santos, Rio de Janeiro, Lisboa, Vigo e Amsterdão. Passaria depois a navegar para o sul da Europa, numa linha que começava em Buenos Aires e tinha o seu término em Génova; com escalas nos portos de Santos, Rio de Janeiro, Funchal, Lisboa, Barcelona e Nápoles. O «Yapeyu» foi um navio seguro, com uma história praticamente isenta de precalços. Em 1957, este transatlântico passou para a posse da nova companhia Flota Argentina de Navegación de Ultramar (FANU), que lhe conservou o nome e o manteve na sua ligação regular com o Velho Continente. Mas, nos anos 60 do século transacto, as companhias de navegação começaram a perder passageiros (e dinheiro) para a aviação comercial, o que deu origem, no país dos gaúchos, à fusão de várias casas armadoras, que, tal como a FANU, se reagruparam na Empresa Lineas Maritimas Argentinas. Mas essas operações não foram suficientes para as salvar e as ditas começaram a vender os seus navios de passageiros. Assim, o «Yapeyu» acabou por passar de mão em mão e a usar, sucessivamente, os nomes de «Petrel», «Cremona» e «Iran Cremona». Acabou os seus dias num estaleiro do porto de Kaohsiung (Taiwan), onde foi desmantelado no ano de 1980.
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Esse navio foi utilizado pela família de minha esposa, sua mãe, sua irmã e irmão, quando imigraram da Espanha para o Brasil em 1953, saindo de Vigo dia 08 de março de 1953 de Vigo, até chegar ao porto de Santos, SP em 20 de março de 1953.
ResponderEliminarVim com minha família de Portugal nesse navio, em dez de 1966
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