segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
«REINA REGENTE»
Cruzador protegido da armada espanhola. Construído na Escócia (num estaleiro do Clydebank pertencente à firma James & George Thompson), este navio deu o seu nome a uma classe que compreendeu mais duas outras unidades : os cruzadores «Alfonso XIII» e «Lepanto». O «Reina Regente» foi incorporado na armada do país vizinho no dia 1º de Janeiro de 1888. Deslocava 4 664 toneladas e media 97,30 metros de comprimento por 15,40 metros de boca. Estava razoavelmente couraçado, nomeadamente nas zonas que envolviam as caldeiras (90 mm) e os paióis (125 mm). O seu sistema motor contava com 2 máquinas de tripla expansão, 4 caldeiras e 2 hélices, engenhos que lhe facultavam uma velocidade máxima de 20 nós. Do armamento do «Reina Regente» (que não se deve confundir com um navio homónimo arregimentado em 1910) constavam 4 canhões de 240 mm, 6 de 120 mm, 6 canhões de 57 mm, 2 metralhadoras e 5 tubos lança-torpedos. Este cruzador protegido esteve em Génova no mês de Setembro de 1892 -em representação oficial de Espanha- aquando das comemorações do IV Centenário do Descobrimento da América; e, no ano seguinte, levou a reboque do porto de Havana para os E.U.A. uma réplica da nau «Santa Maria», para a revista naval internacional, que zarpou de Hampton Roads perante muitos milhares de curiosos. A 9 de Março de 1895, durante aquela que deveria ser a sua derradeira missão, o «Reina Regente» partiu de Cádiz para Tânger, quando -em pleno temporal, no estreito de Gibraltar- o cruzador se afundou. Não houve sobreviventes e só alguns restos do navio deram à costa nas praias de Tarifa e de Algeciras. Chegou a aventar-se a hipótese de que foram as quatro peças de maior calibre do navio (que tinha uma guarnição de 420 homens) que o desequilibraram e provocaram o seu dramático fim. O naufrágio do «Reina Regina» foi um dos mais funestos de toda a história moderna da marinha de guerra espanhola.
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