segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

«LA TOURAINE»


Quando entrou em serviço no ano de 1891, o transatlântico «La Touraine» era o maior paquete navegando com pavilhão francês e um dos cinco mais importantes navios do mundo do seu tipo a cruzar mares e oceanos. Foi construído pelos estaleiros de Saint Nazaire-Penhoët por encomenda da Compagnie Générale Transatlantique, que começou por colocá-lo na linha Havre-Nova Iorque. Este paquete, que, no início da sua carreira, ainda utilizou velas distribuídas por três mastros, apresentava-se como um navio de 7 122 toneladas de arqueação bruta, com 157,50 metros de comprimento por 17 metros de boca. A conjugação dos seus dois sistemas propulsores (eólico e a vapor) permitia que o «La Touraine» navegasse à velocidade máxima de 19 nós. Mas, em Julho de 1892, durante uma das suas viagens transatlânticas, o navio pôde atingir a velocidade excepcional (e não homologada) de 21,2 nós. No ano de 1894, este paquete da C.G.T. participou no seu primeiro cruzeiro, passeando uma clientela afortunada do Mediterrâneo oriental (Constantinopla) até Nova Iorque. O navio esteve imobilizado entre 1900 e 1902 para se sujeitar a trabalhos de modernização, durante os quais o «La Touraine» perdeu um mastro e o seu aparelho vélico. Até à eclosão da Grande Guerra e à sua mobilização como cruzador auxiliar da armada francesa, a história do navio ficou marcada pelo fogo que se declarou a bordo em 1903, e que obrigou o seu armador a efectuar trabalhos de restauro, e pela sua participação no resgate de 42 náufragos do seu congénere italiano «Volturno», que se incendiou em pleno oceano Atlântico. Entre Junho e Agosto e 1923, quando se desenrolava a grande Feira-Exposição de Gotemburgo, o navio esteve na Suécia, onde serviu como unidade hoteleira flutuante. De regresso a França, o navio foi desactivado (após mais de 30 anos de serviço) e desmantelado -nesse mesmo ano de 1923- num estaleiro da cidade de Dunkerque.

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