sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
«ALMIRANTE OQUENDO»
Cruzador protegido da marinha de guerra espanhola. Pertencia à classe ‘Infanta María Teresa’, que contou com três unidades : os navios já referidos e o «Viscaya». O «Almirante Oquendo» foi construído pela Sociedad Astilleros del Nervión (Bilbau) e lançado ao mar a 3 de Outubro de 1891. A sua integração oficial na armada só se verificou, no entanto, em 1895. Deslocava 6 890 toneladas e media 110,90 de comprimento por 19,90 metros de boca. Estava protegido por uma blindagem que envolvia a cintura e outros pontos vulneráveis do navio, tais como a coberta, etc. O seu sistema propulsor era composto por máquinas de tripla expansão vertical, que desenvolviam uma potência de 13 700 cv e por 2 hélices. Equipamento que permitia ao cruzador «Almirante Oquendo» navegar à velocidade máxima de 20,25 nós e de dispor de uma autonomia de 9 700 milhas náuticas (com andamento reduzido a 10 nós). Do seu armamento principal destacavam-se 2 canhões de 280 mm, 10 de 140 mm, 8 peças de tiro rápido de 57 mm e 8 tubo lança-torpedos de 365 mm. A guarnição do navio era de 497 homens. Em 1898, o «Almirante Oquendo» estava integrado na esquadra do almirante Cervera e, quando rebentou a guerra hispano-americana, recebeu ordens para rumar a Cuba e assegurar a defesa da ilha. A 3 de Julho desse mesmo ano, o vaso de guerra espanhol atingiu Santiago de Cuba e entrou em contacto com o inimigo, afrontando em combate directo o couraçado USS «Iowa». Que se aproveitou da sua superioridade para levar a melhor nesse renhido recontro, durante o qual o «Almirante Oquendo» encaixou várias dezenas de devastadores impactos de artilharia. O cruzador espanhol -que sofreu 80 mortos, entre os quais o seu comandante, o capitão Lazaga- afundou-se na praia de Juan González, situada a cerca de 13 km da cidade de Santiago. Curiosidade : o patrono deste navio era Antonio de Oquendo (1577-1640), que, aquando da união entre estados ibéricos, foi um dos oficiais espanhóis que participaram (em 1633) na vitória naval de Pernambuco contra uma esquadra holandesa. Mais tarde, Oquendo foi seriamente ferido na batalha das Dunas contra a frota de Tromp (ilustre almirante neerlandês) e acabou por morrer na Corunha, no ano em que Portugal empreendeu a luta para restaurar a sua independência.
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