sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

«GRANJA»


Este lugre bacalhoeiro de três mastros foi construído em 1919, na Figueira da Foz, por Sebastião Gonçalves Amaro. O seu comanditário e primeiro armador foi a Empresa Nunes Guerra & Cª Lda, de Ílhavo, que o utilizou -com o nome de «Guerra II»- até 1930. Foi vendido no início da década de 30 (do passado século, obviamente) à Parceria Geral de Pescarias, de Lisboa, que o mandou aos Grandes Bancos a partir da campanha de 1933 com um novo designativo : «Corça». No ano de 1936 o lugre mudou novamente de proprietário e de nome, passando para posse da Companhia Transatlântica, Lda, empresa sedeada na chamada Cidade Invicta. Este armador, que lhe chamou «Granja», procedeu a várias modificações a bordo do navio, sendo a instalação de um motor a principal inovação realizada no bacalhoeiro. Participou nas campanhas de pesca longínqua de 1937, 1938 e 1939, passando, em 1940 -já com a guerra declarada entre os Aliados e os países do Eixo- a operar como transporte comercial em zonas menos expostas. Em 1941 voltou à Terra Nova, não como pesqueiro, mas para carregar bacalhau. Nunca chegou ao seu porto de destino, pelo facto de se ter perdido -em 1941- por encalhe, nuns baixios situados ao norte do cabo St. Francis, já em águas territoriais canadianas.

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