segunda-feira, 19 de julho de 2010

«PADRE ETERNO»


Galeão português de meados do século XVII. Foi construído -com madeiras tropicais e por iniciativa de Salvador Correia de Sá- no Rio de Janeiro, no estaleiro da ilha do Governador (hoje do Galeão), para fazer face às constantes ameaças e ataques dos navios da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. Com 53 metros de comprimento e capaz de deslocar 2 000 toneladas em plena carga, o «Padre Eterno» foi lançado à água em 1663. Estava artilhado com 144 bocas de fogo distribuídas por duas cobertas. Durante a sua primeira viagem a Lisboa, ocorrida em 1665, o «Padre Eterno» suscitou a admiração da gente da cidade e prendeu a atenção dos espiões estrangeiros a operar na capital lusíada. O «Mercúrio Português», uma gazeta da época, não teve dúvidas em classificá-lo como o maior navio do mundo. Este prodígio da nossa construção naval perdeu-se, algum tempo mais tarde, no oceano Índico em ano e circunstâncias que não conseguimos apurar.

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