segunda-feira, 26 de julho de 2010
«GEORGES PHILIPPAR»
Paquete lançado à água em 16 de Novembro de 1930 pelos estaleiros de Saint Nazaire (S.A.C.L.) para o armador francês Messageries Maritimes. Deveria ser utilizado na linha regular da companhia Marselha-Saigão-Yokohama (via canal de Suez), com escalas intermediárias. O paquete partiu para a sua viagem inaugural a 26 de Fevereiro de 1932 e, no regresso, afundou-se (na madrugada de 17 de Maio desse mesmo ano) a 145 milhas ao largo do cabo Guardafui, quando transportava mais de 600 passageiros e uma equipagem de 250 homens. O naufrágio foi provocado por um incêndio, que se declarou numa cabine de passageiros situada no convés D e que se propagou rapidamente a todo o navio. No desastre pereceram 54 passageiros, entre os quais Albert Londres, famoso jornalista e escritor, que regressavam de uma viagem profissional à China. Navios (de vários tipos e nacionalidades) recolheram os náufragos e desembarcaram-nos em Aden, de onde foram repatriados para a Europa. O «Georges Philippar», que recebera o nome do presidente em exercício da companhia armadora, media 171,50 metros de comprimento por 20,80 metros de boca. Deslocava (em plena carga) 21 500 toneladas. A sua propulsão era assegurada por duas máquinas diesel, que lhe permitiam navegar à velocidade de cruzeiro de 16 nós. O paquete, que se distinguia da esmagadora maioria dos navios do seu tempo, por ter duas chaminés de forma quadrada, era gémeo do «Félix Roussel» e do «Aramis».
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