sexta-feira, 16 de julho de 2010
«OISEAU DES ÎLES»
Veleiro de três mastros e casco de aço construído pelos estaleiros Dubigeon de Chantenay (Nantes) em 1935. Media 49 metros de comprimento por 8,56 metros de boca e deslocava umas 700 toneladas. O seu aparelho propulsor compreendia, inicialmente, um motor de 375 cv e 6 velas (latinas e áuricas) com 458 m2 de superfície total. Tendo, ao longo dos anos, passado por várias mãos, o navio foi-se descaracterizando progressivamente. Apesar de pouca coisa se conhecer sobre a sua carreira, sabe-se que transportou carga vária e passageiros e que logrou sobreviver à 2ª Guerra Mundial. Até fins dos anos 50 operou na Polinésia francesa. Nessas longínquas paragens até chegou a ser utilizado como cruzador-auxiliar pelas forças afectas ao general De Gaulle. Em 1957, foi vendido a um armador mexicano, que lhe deu o nome de «Tuxtla». Em 1968, o velho navio foi adquirido pelo norte-americano Mike Burke -proprietário da sociedade Windjammer Barefoot Cruises- que lhe devolveu uma aparência exterior mais próxima da original e o baptizou com o nome de «Flying Cloud». Transformado em cruzeiro de luxo, o veleiro serviu na área das Caraíbas, integrado numa a frota à qual pertenceu, também (com o nome de «Polynesia»), o nosso antigo lugre bacalhoeiro «Árgus», em boa hora salvo do camartelo pela casa Pascoal, da Gafanha da Nazaré. O antigo «Oiseau des Îles» não teve a mesma sorte e foi desmantelado em 2009, após o colapso financeiro do seu último armador.
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