quarta-feira, 21 de maio de 2014
«ARIEL»
A informação referente a este lugre português é escassíssima. Dele, apenas se sabe que era um navio com casco em madeira, de 3 mastros, sem motor auxiliar, lançado à água no dia 7 de Abril de 1919 pelo estaleiro gafanhense de mestre Manuel Maria Bolais Mónica, que o desenhou. O seu comanditário e primeiro armador foi a Companhia Aveirense de Navegação e Pesca, Lda., da Cidade da Ria. O «Ariel» participou na campanha de pesca do bacalhau de 1919, nos Grandes Bancos da Terra Nova, onde capturou cerca de cinco toneladas de pescado. Teve vida curta, já que, no regresso dessa sua única viagem de trabalho a águas do Canadá, naufragou -em 11 de Novembro de 1919- por encalhe num baixio, à entrada da barra de Aveiro. O incidente ocorreu devido à falta de vento e à grande agitação do mar, que tornaram o navio ingovernável. A capitania local lançou vários apelos para que fossem enviados meios apropriados para o salvar e rapidamente chegaram ao local do sinistro a canhoneira «Limpopo» e o rebocador «Magnete». Que, infelizmente e devido ao estado calamitoso do tempo, nada puderam fazer para resgatar o malogrado bacalhoeiro. A sua tripulação foi salva (graças a um cabo de vaivém), assim como parte do seu carregamento. Ainda assim, e segundo a imprensa da época, «a arrematação dos seus salvados, não rendeu mais do que 3 000$00». O jornal «Comércio do Porto» disse do bacalhoeiro em apreço que «era um lindo barco»; do qual, ao que parece, só existe a fotografia que aqui anexamos e que já foi publicada noutros blogues relacionados com a vida marítima.
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