domingo, 10 de junho de 2012
«TUBANTIA»
Transatlântico pertencente à frota da Koninklijke Hollandsche Lloyd, que o registou no porto de Amsterdão. Foi construído em 1913 no estaleiro de Alexander Stephen & Sons, de Glásgua. Com 13 911 toneladas de arqueação bruta, o «Tubantia media 170 metros de comprimento por 20 metros de boca. Estava equipado com 2 máquinas a vapor de quádrupla expansão, que lhe asseguravam uma velocidade de cruzeiro superior a 17 nós. Podia receber 1 520 passageiros, 250 dos quais em confortáveis camarotes de 1ª classe. A sua tripulação era composta por 294 membros. O «Tubantia», que foi um dos paquetes mais luxuosos do seu tempo, era gémeo de «Gelria», também ele realizado pelo mesmo construtor escocês. Foi colocado, em 1914, na linha da América do Sul (Brasil, Argentina) e, logo nesse ano e já depois de ter estalado a guerra na Europa, foi protagonista de um acontecimento singular : navio neutral, foi arrestado pelo cruzador HMS «Highflyer», quando regressava de uma viagem iniciada em Buenos Aires. Além de apreenderem parte do carregamento (do qual fazia parte ouro destinado a um banco germânico), os britânicos aprisionaram 150 reservistas alemães que se encontravam a bordo. O navio foi, depois, libertado e prosseguiu a sua viagem até aos Países Baixos. Em Dezembro de 1915, o «Tubantia» foi alvo de nova inspecção da marinha real britânica, que, a bordo do navio de bandeira neerlandesa, se terá apoderado de todo o correio destinado à Alemanha. Este último incidente (repetido no decorrer de similares incidentes ocorridos com os paquetes «Nieuw Amsterdam» e «Rijndam», que asseguravam a linha de Nova Iorque) provocou a ‘preocupação’ oficial dos Estados Unidos e uma onda de indignação tanto no país de origem do navio, como na Alemanha imperial. O «Tubantia» foi torpedeado no dia 16 de Março de 1916, à vista do farol de Noord Hinder, perto de Roterdão. Todos os passageiros e tripulantes puderam ser resgatados, sãos e salvos, antes do soçobro do paquete. A opinião pública (confusa) acusou britânicos e alemães desse atentado contra um navio neutro. Um inquérito rigoroso atribuiu, finalmente, as culpas ao submarino «UB-13, da marinha de guerra tudesca. O ‘caso Tubantia’ foi encerrado em 1922, com o pagamento, pelos alemães, de 830 000 libras ao armador do malogrado navio transatlântico.
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