quinta-feira, 14 de junho de 2012
«PEDRO GOMES»
Este paquete construído no ano de 1900 (nos Países Baixos, no estaleiro da Royal Schelde, em Flushing) fez parte da frota da companhia neerlandesa Koninklijke Rotterdamsche Lloyd, que o utilizou em viagens coloniais, nomeadamente numa linha regular que ligava os Países Baixos à ilha de Java, na actual Indonésia. Este navio, que sobreviveu à Grande Guerra mercê da neutralidade holandesa, foi adquirido em 1922 pela recém reformulada Companhia Nacional de Navegação, que o registou na capitania do porto de Lisboa e lhe atribuiu o seu derradeiro nome : «Pedro Gomes». O paquete (também com capacidade de transporte de carga diversa) fez a sua primeira entrada no mar da Palha a 13 de Setembro do já referido ano de 1922. E, depois, realizou carreiras para as então colónias lusas de África, mas também para outros destinos. Nos primeiros e atribulados tempos da ditadura salazarista até se conta uma viagem deste navio à longínqua ilha de Timor (com passagem pelo canal de Suez) com uma leva de prisioneiros políticos condenados ao degredo; e, em 1931, chegou a ser requisitado pela Armada, que o usou como transporte de tropas aquando da chamada Revolta da Madeira. Considerado obsoleto em inícios da década de 30 do século XX, o paquete «Pedro Gomes» (ex-«Sindoro») foi vendido a um sucateiro japonês, que o desmantelou em 1932 num estaleiro de Kobé. O «Pedro Gomes» era um navio com 5 471 toneladas de arqueação bruta e com as seguintes dimensões : 129 metros de longitude por 15,20 metros de boca. A sua propulsão era assegurada por 2 máquinas a vapor e por 2 hélices que lhe autorizavam uma velocidade de cruzeiro da ordem dos 13 nós. Podia transportar até 440 passageiros
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