domingo, 3 de junho de 2012
«PATRICK HENRY»
Canhoneira da armada da Confederação dos Estados do Sul. Foi construída em Nova Iorque em 1853, enquanto transporte (vapor de rodas laterais) de passageiros, funcionando, então, com o nome de «Yorktown». Em 1861, quando rebentou a guerra civil, o navio encontrava-se num porto da Virgínia (estado sublevado) e foi apreendido e entregue ao governo confederado. Que o entregou à sua marinha de guerra, entidade que o mandou transformar em unidade de combate. Afectada ao esquadrão do Rio James (que se encontrava sob o comando de John R. Tucker) esta canhoneira teve o seu baptismo de fogo em finais do primeiro ano de conflito, ao afrontar a armada federal ao largo de Newport News. Em Março da ano seguinte, esta canhoneira esteve implicada no famoso combate naval que teve como principais protagonistas o CSS «Virginia» e o USS «Monitor»; que foi, como é sabido, o primeiro confronto directo entre navios couraçados. Ainda nesse mesmo ano de 1862, em Maio, o «Patrick Henry» foi um dos navios sulistas a evacuar o património do arsenal de Norfolk, antes da sua conquista pelas tropas unionistas. Após a queda dessa praça, o «Patrick Henry» permaneceu no rio James, onde funcionou como academia (flutuante) da Confederação dos Estados do Sul, sob as ordens do primeiro tenente William H. Parker. No fim da guerra, a 3 de Abril de 1865, quando a cidade de Richmond (capital do governo rebelde) foi evacuada, a guarnição da canhoneira incendiou o navio para evitar que este caísse em poder do inimigo. A canhoneira «Patrick Henry» deslocava 1 300 toneladas e media 76 metros de longitude por 10 metros de boca. Estava armada com uma dezena de peças de artilharia, de entre as quais se destacava um canhão (de alma lisa) de 254 mm. A sua guarnição era composta por 150 homens. Curiosidade : o nome deste navio é o de um herói da independência dos Estados Unidos, um jurisconsulto e orador notável, que foi o primeiro governador da Virgínia.
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