quarta-feira, 13 de junho de 2012
«ANUNCIADA»
Caravela portuguesa dos séculos XV e XVI. Fez parte da segunda frota enviada por el-rei D. Manuel I à Índia. Frota colocada sob a chefia do navegador beirão Pedro Álvares Cabral, que se ilustrou com o achamento (oficial) do Brasil. Pouca coisa se conhece sobre as características físicas deste navio. Sabe-se, no entanto, que era uma embarcação de 100 tonéis (ou 130, como sugerem fontes divergentes) e que tinha uma tripulação de 30/40 homens. Certo é, também, ter sido um dos dois navios de propriedade privada que integravam essa frota de 13 velas, que zarpou do estuário do Tejo em data de 8 de Março de 1500. Sabe-se, igualmente, que essa caravela (referida, por vezes, pelo nome de «Nossa Senhora da Anunciada») foi capitaneada por Nuno Leitão da Cunha -que pertencia à casa do duque de Bragança- e que a sua viagem ao Oriente foi subsidiada com dinheiros de uma parceria formada por D. Álvaro (filho do duque D. Fernando) e por três mercadores italianos : Bartolomeo Marchioni e Girolamo Sernige (ligados à banca florentina) e Antonio Salvago, originário de Génova. Depois de ter tocado as costas brasileiras a esquadra de Cabral dirigiu-se para a Índia, via cabo da Boa Esperança. Seis desses navios voltaram ao Reino no ano seguinte, sendo a «Anunciada» o primeiro (talvez por ser o mais rápido de todos eles) a chegar a Lisboa; onde arribou no dia 21 de Julho de 1501. Depois disso, quase nada se sabe sobre esta caravela e sobre a gente que a tripulou. A não ser que o seu capitão, Nuno Leitão da Cunha, foi investido na função de almoxarife do Armazém de Armas, que se presume ser um cargo importante. Nota : a imagem anexada é a de uma caravela redonda, contemporânea da «Anunciada».
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